Suspeito de matar delegada baiana detalha crime: 'Não é legal lembrar'
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Publicado em 14/08/2024

O suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires detalhou o crime, em depoimento à polícia na última segunda-feira (12), na 37ª Delegacia Territorial da Bahia, em São Sebastião do Passe, na Região Metropolitana de Salvador. O caso aconteceu no último domingo (11)

Segundo Tancredo Neves, de 26 anos, ele inventou para a polícia a versão de que os dois teriam sido sequestrados, e que reagiu a uma suposta agressão da vítima durante uma discussão.

"Não é legal lembrar, eu não sou um monstro, eu não sou um bicho. Foi o cinto, vei. Ela veio para cima de mim, nessa hora eu perdi a cabeça", disse durante depoimento.

Ainda de acordo com o suspeito, ele enrolou o cinto no pescoço da delegada e o puxou para trás. Tancredo Neves teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia.

Suspeito detalha crime

O suspeito contou que os dois saíram para beber em Santo Antônio de Jesus. Ele relata que a vítima ficou alcoolizada e que, na saída do estabelecimento, a delegada teria decidido viajar para Salvador para comprar roupas.

Os dois foram juntos de carro e, segundo ele, durante o trajeto eles pararam para urinar na BR-101, no trecho de Sapeaçu, no recôncavo. Diz ainda que durante a viagem, disse para Patrícia Neves que os dois precisavam repensar a relação.

Na versão dada por Tancredo Neves, ele afirma que Patrícia reagiu com "descontrole" e fez ameaças de morte contra a família e a filha dele. Neste momento, ela teria puado o volante que provocou a colisão contra uma árvore.

Ainda segundo o suspeito, Patrícia coomeçou a bater nele, que enrolou o cinto de segurança no pescoço dela para se proteger das agressões. Ele afirma que o objetivo não era matar a delegada, mas fazer com que ela parasse com as agressões.

O homem disse também que notou que a delegada estava desacordada. Após menos de um minuto, ele saiu do carro e chamou a polícia. Conforme Neves, ele não sabia que Patrícia estava morta.

"Eu decidi ligar e contar o que aconteceu, mas eu fui com medo do que podia acontecer porque ela era delegada", disse na versão dada do depoimento.

Relação violenta e passagens pela polícia

Segundo informou a Polícia Civil (PC) à TV Bahia, Tancredo Neves Feliciano de Arruda já tinha sido preso em maio deste ano, por agredir a vítima. No entanto, acabou solto pela Justiça posteriormente, e uma medida protetiva que havia sido solicitada se perdeu quando o casal se reconciliou.

O homem já foi indiciado pela PC por exercício ilegal de medicina e falsidade ideológica. O inquérito referente a uma investigação iniciada em 2022 pela Delegacia Territorial de Euclides da Cunha já foi concluído e remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

 

 

 

 

 

 

 

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