Ex-membro das Forças Especiais do Exército vira alvo de operação da PF
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Publicado em 01/10/2023

Nesta sexta-feira (29) a Polícia Federal realizou um mandado de busca e apreensão na cidade de Brasília, que teve como alvo o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que é acusado de participar dos eventos golpistas ocorridos em 8 de Janeiro. A ação faz parte da 18ª fase da Operação Lesa Pátria.

 

Fernandes também teve o bloqueio de ativos determinado pelo o Supremo Tribunal Federal (STF). O general é visto pela investigação como um executor e possivelmente um dos mentores dos atos golpistas que envolveram a invasão do Planalto em Brasília no começo do ano. 

 

Vínculos com o Governo Bolsonaro

 

Ridauto Lúcio Fernandes, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, tem vínculos com o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para essa posição em julho de 2021 e exonerado no último dia do governo de Jair Bolsonaro, 31 de dezembro.

 

Atualmente, o general Ridauto Lúcio Fernandes atua como professor no Instituto Sagres de Política e Gestão Estratégica Aplicadas, conforme informações disponíveis na página da instituição na internet

 

Fase de investigação

 

De acordo com apuração feita pela TV Globo foi revelado que a nova fase da Operação Lesa Pátria está focada em identificar possíveis membros das Forças Especiais do Exército que podem ter liderado as invasões às sedes dos Três Poderes.

 

Imagens indicam que os primeiros incidentes foram provocados por indivíduos mascarados que usavam luvas e, dessa forma, abriram caminho para outros apoiadores de Bolsonaro, escalando os telhados do Congresso Nacional.

 

As evidências apontam para uma ação altamente profissional durante os ataques, sugerindo que os envolvidos tinham conhecimento prévio das instalações e possuíam treinamento adequado.

 

Operação Lesa Pátria

 

Os mandados desta sexta-feira são cumpridos no âmbito da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que tenta identificar os bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

 

Segundo a PF, os fatos investigados constituem crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

 

 

 

 

 

No dia 8 de janeiro, milhares de apoiadores de Bolsonaro vandalizaram prédios dos Três Poderes, em Brasília -

Foto Divulgação

 

EQ . Hildebrando Marques

 

 

 

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